segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Compostagem

Como compostar o lixo orgânico, mesmo em pequenos apartamentos

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.

Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.

No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar neste processo?

Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar desse resíduos; nós em casa podemos começar simplesmente tentando diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só é possível isto em casas onde o lixo é separado.

Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os engradados de pvc (lembra das caixas plásticas usadas em supermercados para o transporte das compras?). Com dois ou três engradados podemos montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço. Vamos ver isto passo-a-passo:

Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço)

1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.

2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.

3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.

4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).

5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.

6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.

7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente.
O que fazer quando a composteira está cheia

8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.

http://www.lixo.com.br/index.php?Itemid=254&id=147&option=com_content&task=view

Mesa Brasil



O Programa Mesa Brasil SESC São Paulo é uma iniciativa de ação social e educativa que integra empresas, instituições sociais e voluntários. Criado em 1994 pelo SESC São Paulo, tem por objetivo contribuir para diminuir o desperdício de alimentos e a fome, bem como promover a melhoria da qualidade de vida de populações carentes institucionalizadas.




Colheita Urbana

Dispõe de um serviço estratégico de transporte de alimentos, com a utilização de veículos adequados, estabelecendo uma conexão entre empresas que doam e instituições que, imediatamente, recebem essas doações. Não trabalha com estoques de alimentos. Busca onde sobra, entrega onde falta: isto é a Colheita Urbana. O Mesa Brasil SESC São Paulo desenvolve também uma série de atividades educativas junto às instituições beneficentes, ministrando cursos e palestras sobre higiene, conservação, preparo de refeições e variadas formas de se evitar o desperdício.





União contra a fome e o desperdício
"O Fome Zero só terá sucesso se contar não apenas com o governo como também com a sociedade civil. Esta será a grande responsável pelo combate à fome no país." A afirmação foi feita pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dia 24 de fevereiro de 2003, em Brasília, durante a cerimônia de lançamento do Programa "Mesa Brasil SESC", que até outubro desse ano foi levado a todas as capitais do país, combatendo a fome e o desperdício, com a doação de quatro milhões de quilos de alimentos - o que representa 16 milhões de refeições. "Quando vejo uma entidade importante como o SESC transformar experiências regionais bem sucedidas de combate à fome em uma tarefa nacional, fico mais otimista do que quando saí de casa hoje de manhã", completou o presidente Lula.

Na cerimônia de lançamento, realizada na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Programa "Mesa Brasil SESC" recebeu o aval do "Fome Zero", com a assinatura de um protocolo de cooperação entre o SESC e o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome. Pelo protocolo, o governo incentivará a participação de órgãos públicos, empresas e pessoas físicas nas ações do "Mesa Brasil SESC".

O "Fome zero" incluiu em suas propostas ações do "Mesa Brasil", como um dos seus programas específicos e prioritários. O Mesa SESC São Paulo é citado textualmente e um resumo de seu trabalho foi incluído no Programa "Fome zero".

O Programa parte agora para a fase de interiorização.

http://www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp/oquee/index.htm

Esfiha de frango

Ingredientes:
MASSA
1 copo de leite
1 /12 copo de água
1 colher rasa (sobremesa) de açúcar
30g de fermento para pão
1 ovo
1 colher (sobremesa) de margarina
1 colher (sopa) de óleo
sal a gosto
1 kg de farinha de trigo
RECHEIO
1 kg de sobras e frangos desfiados
1 cebola
1 tomate
1 dente de alho
salsinha e sal a gosto

Modo de preparo:
MASSA
Dissolva o fermento e o açúcar e junte a água morna, io óleo, o sal e a farinha aos poucos, até soltar das mãos. Cubra e deixe descansar por 30 minutos. Abra a massa em círculos com aproximadamente 15 cm, coloque o recheio, feche as esfihas, pincele com gema batida e leve para assar em assadeira enfarinhada, em forno pré-aquecido, até dourar.
RECHEIO
Refogue as sobras com o tomate, cebola, alho e sal a gosto e, por último, a salsa


http://www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp/receitas/mostra_receita.cfm?mesa_receita_id=20

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Biografia do chefe catarinense e a receita do Chef Heiko Grabolle



Heiko Grabolle nasceu na região de Vesfália, centro da Alemanha.
Inspirado pelo aroma das ervas da cozinha que um dia visitou, dedicou seus 3 anos de formação profissional ao conhecimento da gastronomia no Restaurante ALTER WARTESAAL, no coração da Cidade da Colônia.
Serviu o exército como chefe para OTAN, na base da aeronáutica alemã na Ilha da Sardenha / Itália.
Após sua temporada no HOTEL HAYTT REGENCY – Colônia na Alemanha, famoso pela cozinha internacional euro-asiática.
Trabalhou no exclusivo HOTEL WALDHOTEL FLETSCHHORN – Saas Fee, uma estrela do Guia Michelin na Suíça, com a Chefe Irma Dütsch (1994 chefe do ano na Suíça) e o chefe Markuss Neff (2007 chefe do ano na Suíça).
Em Londres ganhou mais experiência de chefe e administrativas no restaurante do MARRIOTT REGENT PARK HOTEL e aperfeiçoou as técnicas da cozinha francesa da rede do restaurante do GROUPE CHEZ GERARD, também em Londres.
Abriu as portas de um restaurante com seu irmão Chefe Sven Grabolle em Maiorca / Espanha.
Foi Chefe no Cruzeiro Internacional MS BREMEN de com o itinerário de Ushuaia até Vancouver
Finalizou seu mestrado em Gastronomia na Escola de Hotelaria DeHoGa em Hamburgo / Alemanha.
Casou-se em Florianópolis, se apaixonou pelos produtos brasileiros com suas variedades de ingredientes, cores e sabores.
Com a habilidade em línguas e seu conhecimento de chefe nas técnicas alemã, italiana, francesa, euro-asiática, hoje leciona alunos de Gastronomia em Santa Catarina e faz consultoria. Também participa de eventos nacionais e internacionais.





Rendimento: 4 porções
Tempo de preparo: cerca de 2 horas


Ingredientes:

  • 1 pato ou marreco inteiro da marca Villa Germania
  • 20 gramas de banha ou 2 colheres de óleo ou de manteiga
  • 2 cebolas médias
  • 1 maçã Fuji média
  • 500 gramas de chucrute (repolho em conserva comprado em supermercados e mercearias) lavado e escorrido
  • 2 xícaras de caldo de carne ou de frango,
  • 250 ml de vinho branco meio seco
  • Tempero (sal e pimenta do reino branca moída) a gosto
  • Uma pitada de alcaravia (ou Kümmel) moída
  • Opcional: 50 gramas de bacon, para acentuar o sabor da carne

Modo de preparo do pato:

Tempere o pato por dentro e por fora com o sal e a pimenta e deixe assar por duas horas em 160°C. A cada 15 minutos, mais ou menos, jogue o líquido que se solta na assadeira sobre o pato, com uma colher. Isso deixa a carne mais douradinha e faz com que o pato não resseque. (Dica: Se seu forno for potente, jogue junto um pouco de água). Após assar, retire do forno e corte em quatro grandes pedaços: dois de peito e dois de coxa e sobrecoxa. Desfie o que restou da carne e adicione no chucrute, no fim de seu preparo, para deixá-lo com mais sabor.

Modo de preparo do chucrute:

Corte em cubinhos a cebola, a maçã e o bacon. Em uma panela, refogue-os na banha (ou óleo) em fogo baixo, por alguns minutos, até dourar de leve a cebola e a maçã e a mistura ficar brilhante. Acrescente o chucrute, o caldo de carne, o vinho e uma pitada de Kümmel. Deixe cozinhar tudo em fogo baixo por entre 15 e 25 minutos, verificando a cada 10 minutos como está o cozimento. Se for necessário, adicione mais água (Atenção: O ponto do chucrute é como o do risoto: nem muito úmido, mergulhando na água, nem muito seco, pois empelota). Quando o chucrute estiver macio e doce, o prato está pronto. Para o sabor ficar mais acentuado, espere cerca de 30 minutos antes de servi-lo. Aproveite este tempo para por a mesa, servir uma entrada, fazer o purê de batatas ou preparar a sobremesa.

Modo de montar:

Coloque o chucrute e disponha uma das porções do pato sobre ele. Na lateral do prato, sirva o purê de batatas, batatas cozidas ou mesmo arroz.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Biografia do autor catarinense Marcos Konder Reis

Marcos José Konder Reis nasceu em Itajaí, Santa Catarina, a 15 de dezembro de 1922, transferindo-se para o Rio de Janeiro em 1938. Em 1944 publicou seu primeiro livro Tempo e Milagre. Seguem-se: David, 1946; Apocalipse, 1946; Menino -de Luto, 1947; O Tem­plo da Estrêla, 1948; Praia Brava, 1950; A Herança, 1952; Muro Amarelo, 1966; Armadura de Amor, 1966 e O Caminho das Pandorgas, 1972. Os últimos livros que publicou foram O Vagabundo Iluminado, em 1986, Brasil Quando José, 1988 e Três Partituras, 1988. O livro de crônicas “O Caminho das Pandorgas” lhe valeu o prêmio Golfinho de Ouro de Literatura.

Pertenceu à Geração de 45, ao lado de Paulo Mendes Campos, Ledo Ivo e João Cabral de Melo Neto. Faleceu no Rio de Janeiro, a 11 de setembro de 2001, no dia do atentado às torres gêmeas do World Trade Center de NY.


PARÂMETRO

Uma tarde amarela noroeste

modo nosso de amar lembrando a estrada,

que passa sempre a leste

de urna tarde espantada,

de urna tarde amarela soterrada

numa caixa de pêssegos, madura,

uma janela madura de bandeiras abortas

para o mar, e frias;

encarcerada pelo verdoenga de pêssegos

e açúcar cristalizado sobre a polpa

dos verdes apanhados na chácara. Setembro.

Ah, setembro, setembro

essa menina e teus jardins sobre a cabeça

castanha e cacheada, numa tarde amarela

de vapores entrando a barra, de sinos

batendo, que reconheço de outra época,

do espanto de outras torres, de outra tarde espantada,

que amarravas no inverno embora outubro:

esse rapaz que atravessa o corporal de pêssegos

de urna tarde amarela,

como se fincasse a cisma de uma lança

no rosto da palavra genial

e seu ramo de rosas, sua neblina.